Pré-Wedding
Ana Rech, Caxias do Sul
Há mais no mundo do que nossos olhos podem ver
Com o Michael e a Chaiane, ou o Mika e a Chai, tivemos um ensaio com chimarrão e boa música. Na verdade, foi um pouco difícil fazer o Mika largar a cuia de mate, mas conseguimos! :)
Em meio à correria do fim de semestre, o Mika conseguiu um espacinho na agenda para fazermos as fotos um dia depois de eu fotografar um casamento em Caxias. Eles são grandes amigos da Dani, minha noiva, e, por consequência, viraram meus também. Mas passar duas horinhas só nos três fez muito pela relação, tanto a nossa quanto, imagino, a deles.
Tirar um tempo para se reconectar, para "redescobrir o que está lá dentro e às vezes nem lembrávamos mais", como eles mesmos disseram, é revigorante. Ver-se pelos olhos de outra pessoa, enquanto casal, é importante para todos nós - não precisamos esperar a época de casar para fazer isso.
Nós fotografamos em Ana Rech, bairro de Caxias do Sul que concentra boa parte da história dos dois, em especial, a dele. Primeiro, fomos no Bela Vista Parque Hotel, que possui pequenas trilhas e uma área verde linda. Teve até slackline bagual, também conhecido como equilibrismo sobre tronco de árvore. Depois, rumamos para a Capela Nossa Senhora do Rosário.
Já na chegada, a Chai largou a frase clássica "não sou fotogênica, quero ver fazer milagre de eu me gostar nas fotos". Desafio aceito. Da última vez que chequei, eles ainda estavam apaixonados pelas imagens.
Eu não sei vocês, mas, para mim, um roçar de lábios quando se está bem agarradinho pode arrepiar tanto quanto um beijão. Trazer essa proximidade para os dois, em um dia tranquilo e divertido, movimentou algumas energias do bem no Universo. Foi difícil mantê-los afastados depois disso! O contato da pele na pele, a entrega de olhos fechados, a maneira como a mão do Mika repousa sobre as da Chai, o jeito que ela se apoia nele e de como parece que nada mais importa para os dois foram bonitos de ver.
Tenho tido a sorte de finalizar os ensaios e os eventos em grande estilo. Antes de acabarmos, perguntei se gostariam de fazer mais alguma foto ou se tinham alguma ideia. A Chai contou que o Mika estava com a gaita (acordeon) no carro. A maneira como o Mika "sente" o que está tocando me encanta. E, quem toca, sabe que um dos maiores presentes é o olhar de admiração de quem amamos. Pedi para ele tocar enquanto fazia algumas fotos. Logo, veio a ideia de gravar um vídeo. Para quem quiser ouvi-lo tocar, é só dar o play no vídeo no fim da página.
Nossa conversa foi longe e seguimos batendo papo nos dias após o ensaio. O Mika me contou ter encontrado evidências que o levaram, de uma forma ou de outra, a acreditar que há mais no mundo do que os nossos olhos podem ver ou que a ciência pode explicar. Uma dessas coisas, meu amigo, é o amor. Tem tanto de parceria, companheirismo, reciprocidade e entrega nesses anos que vocês estão juntos que isso está além do que qualquer imagem pode captar. Espero que lembrem sempre com carinho quem são um para o outro, usando essas fotografias como um facilitador - mas isso representa só uma pequena parte de tudo que está envolvido.
Obrigado!